sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sinteticos pensamentos estes,
humanos e nao humanos, conexoes faceis e rapidas, efemeras,
de um corpo semi-cibernetico aditivado,
sentimentos alucinados, quimicos,
substancias comprimidas em pequenos circulos construindo a realidade,
de sensacoes adulteradas de prazer, medo, ansiedade e gozo,
se transformando em arvores verdes calmas aos ventos e rostos amigos,
em paisagens coloridas sem gravidade,
sorrisos fraternos,
que numa explosao de “inas” se fazem em nossos dias,
endorfinas, insulinas, dopaminas, serotoninas,
e talvez em toda nossa vida,
nem sei se tudo que vejo e’real ou reflexo de tudo que se mistura, dentro e fora de mim,
se gosto de mim, se gosto de alguem,
de tudo que como, bebo, respiro, agarro, engulo, fagocito,
contemporaneos sinteticos e seus cheiros de corpo, nus e suados, feronomios fabricados da mistura toda, lancados ao ar numa pista de danca pouco iluminada, e minha pele se arrepia,
num calafrio que sobe ate a nuca,
nessa osmose que o mundo faz de mim ou vice-versa,
tudo explicado na tabela periodica,
que num mistico processo alquimico transforma a carne em algum tipo de energia que se transforma em pulsacao, e eu sou tudo isto, acho que um feixe de luz ou a ausencia dela,
contido parcialmente dentro de uma fina camada de pele.

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