terça-feira, 22 de julho de 2008

Tentei escrever sobre bichos, florzinhas e de fadas cor-de-rosa,
e nao que eu ache que eles nao existam, so pelo fato de mim nao sairem,
mas nao consegui, e nao que nao sejam interessantes, pois acho ate estranhos, dai curiosos, mas prefiro escrever sobre minhas visceras,
do baco, dos rins, meu figado e meu coracao,
massa encefalica,
de quando uma mao entra pelo meu umbigo e ora massageia, ora aperta,
do sopro gelado do frio na barriga, das minhas coceiras, e de quando comeco a verter, agua, choro, mijo e suor,
de como tudo isso se combina.
Na verdade este meu interesse despertou depois de alguns socos no estomago, chutes no peito, e alguns tapas na cara, tudo muito ligado as minhas visceras como ja disse, e tambem varios arranhoes e coisas de raspao, porque sabemos que e’ orgao tambem a pele, alias o maior deles.
Uma amiga uma vez disse ter do’ de comer bichinhos, prefere ser vegetariana, pois se o sangue que corre e’ quente eles sofrem como ela, apesar das plantas nao sangrarem e ter gente que com elas conversa, e juram que elas respondem. Entao devem sentir tambem. Dado este fato eu ate deveria gostar de falar das fadas e flores, mas no momento nao quero.
Na verdade nem e’ questao de preferencia, mas quero expurgar certas coisas de dentro de mim, e que elas sim se transformem em flores quando sairem, porque de mim saem ainda brutas e nao transformadas, pois este trabalho e’ arduo e talvez so’ em contato com o ar real e livre e’ que possam se tornar livres e mutaveis. Sera’ que tudo dentro de mim e’assim? Por mais que me esforce elas fingem que mudam mas nao o fazem?