quarta-feira, 17 de junho de 2009

Acham que vão atar meus pés e mãos
Não vão
Não me seguro á mim, quero minhas extensões
Pretensões
de alcançar muito além
Não nasci para mim
Gosto dos meus membros-máquinas
que fazem alcançar o outro
minhas máquinas de ouvir e falar e olhar
escrever
postar além de mim
pra que eu possa me definir pelo que está fora, agora
e ainda assim não ser eu, completo
posto que estaria morto
absoluto
Minhas mãos correntes vão é embaralhar tudo

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sou mentira
virtual
uma teoria
não colocada em prática
tela em branco
sem conflito
ou falta de cor
tentativa
vão, em vão
mera imagem
da memória
ou criação
sem definição
me falta voz
sala branca vazia
que eu mesmo abandono
uníssono
de um tom só
algo que não causa gozo
e nem dor
ausente
o silêncio
que vem depois de tudo que acaba
e não há porque se explicar