sexta-feira, 20 de novembro de 2009

o que fazer
quando por todos os lados
algo te espreita
um escuro
á espera
uma mordida forte
o suficiente pra nao sarar
me arrancar um pedaço ou
talvez tudo
quando nao ha’ mais como voltar
porque lá tambem há algo que espreita
atrás
e não que esteja escuro
há clareza o suficiente pra se indentificar
o tamanho da mandíbula
e calcular o tamanho do estrago
eu escuto suas vozes suaves
por trás de um mar de ameaças
mas parecem no momento
inatingíveis...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Antes
não achava que poderia
que as duas coisas
sentiria
mas algo mudou
a força pontiaguda de antes continua
contínua
abrandada por algo novo
calma que explode
fogo novo
que não queima mas arde
apesar de minhas entranhas aconchegadas
tentarem furar de dentro pra fora
e mostrarem suas pontas geladas,
é a força da repetição
sendo traída por ela mesma
que antes me puxava pra cima
e empurrava pra baixo
que agora
sendo reconhecida por ela mesma
já não me deixa cair
e se caio
é em águas mornas
onde me deixo boiar...