terça-feira, 30 de setembro de 2008

Most of me is rushing for life, dancing with myself,
inner existence real to me, struggling to shine, the best to be,
a light in the big ballroom,
in a rainning October afternoon,
delighting the weakness of a drawn body,
less blood in my veins, and something else runs and makes me float,
yes I am able to dream, though I like my feet,
holding the center of this crazy spiral countdown that sometimes makes me dizzy,
wanting all books, all movies, all clubs, all parties, all bodies,
trembling chaos,
anxious to sense it,
trying not to explode.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tem algo em mim,
que tentou tomar conta de meu corpo, e de certa forma conseguiu,
amortecendo meus membros, invadiu minha caixa craniana e expandiu,
a tal ponto que minha fala nao mais saiu, língua enrolada, pedido de socorro que não vem, telefone entre os dedos mortos do coração quase parado, no desespero que deve ser o que se sente antes da morte, total, nao só dos membros todos.
Com meu rosto corado e normal, vivo com este ser dentro de mim sem que ninguem veja ou dê importância, meu organismo num caos total, limitando meu andar, passo-a-passo mais devagar que minha vontade de dançar, em socos de dentro pra fora pra me fazer lembrar a cada instante de que há algo lá dentro, e meu limite está demarcado.
Minhas pernas andam sozinhas, não as sinto mais, parecem leves quase inexistentes, etéreas, e pareço levitar. Respiro fundo e olho pra cima, coluna ereta afim de que todos os impulsos circulem livremente, penso que vou cair, e daí a certeza de que quando se cai se cai sozinho e ponto, numa espiral que parece com tudo menos o útero, nao há reconforto no momento da queda.
E, como que para somente assustar, começo a retomar o controle do meu corpo semi-tomado, parte ainda dormente, latente, sinto um pulsar que ainda nao é o meu, demarcando território do meu corpo. Nada mais é igual, nem meus livros, nem meus filmes, nem ninguém. Como se meu olho ou parte que o controla ou julga o que vi, no meio do caminho, tivesse mudado, iminente o medo da tomada total, do desligamento total.
E se não estiver mais aqui amanhã, ou tivesse deixado de estar há tres semanas atrás, como seria agora, hoje? Onde estaria eu e o que me tomou?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008




...ontem, caminhando, cheguei ao topo novamente, e
entre um fôlego retomado olhei para aquele imenso aglomerado de lajes e gente,
saudável e doente, seus salvadores brancos acelerados e divinos,
e imaginei que agora sim tudo acabou, posso de novo puxar o ar para dentro de uma tomada só e não em ritmo curto, pois quem estava dormindo acordou, se segurou,
e as efêmeras conexões afrouxaram, assim ficaram ou se apagaram,
e meu coração bate novamente, entre uma arritmia e outra, amenizado pelo cheirinho gostoso de quando estou do teu lado...