quarta-feira, 16 de junho de 2010

Levado em alta velocidade
me olhava no reflexo da janela de vidro
via meus olhos vermelhos cheios d’água
bombada pelo coração que explodia
não podia reclamar
não faltava a brisa fresca
que invadia pelo pouco da janela aberta
e de alguma maneira refrescava
era o movimento rápido
de tudo que estava fora
que definia meu rosto no espelho de vidro

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um torpor me abateu
enquanto ainda na curva mais alta
do meu movimento frenético
eu acenava todo confiante
Um pouco insosso
vou me arrastando
e não sei bem pra onde
contemplo um passo após o outro
em vez de tropicar como normalmente faço
Me espreguiço mais
Me apoio mais
É uma preguiça
que eu não sei de onde vem
Me sinto muito velho
Percebo como um velho
e me irrita
que da minha boca só saiam palavras
com entonação e falta de jeito
de criança!
Não consigo me expressar
e minhas palavras soam ridículas
Melhor escrever então
do que dar minha cara á tapa
e aguentar zombarias
assim á frio
Pelo menos aqui
Pareço um pouco mais organizado
Quem sabe alguém um dia me leva á sério