quarta-feira, 26 de agosto de 2009

voam
finas partículas vermelhas
queimadas com o tempo
á luz do sol
ao longo do caminho seco
que outrora não me pertenceu
olho pra meus pés descalços
já calejados
envoltos em areia quente
ás vezes em poça
ou água corrente
me deito
cabeça ao chão
olhar rente ao horizonte
sou um homem alvejado
sou criança brincante
e todos o que lá pisaram
suas pegadas apagadas
um caminho que insiste em existir
e nunca encontra um fim

Um comentário:

Everton Oliveira disse...

Achei demais seus textos (se posso chamar assim) parabéns MESMO pelo blog. já era leitor aciduo agora mais ainda.bjos