segunda-feira, 9 de junho de 2008

Numa casa vazia eu te procuro porque vejo os comodos iluminados pela luz de sol que e’ voce,
mas o tempo se dobra no meio da sala, o rosto desconhecido sai do quarto logo em frente, e eu lembro da ultima festa ... voce ainda sorrindo,
eu me assusto com o rosto em dor que vem depois da dobra,
queria ser voce por um segundo, dividir a dor, carregar metade de tudo,
e que tudo ficasse mais suave, pra saber se voce pensa, agora, nao antes, nao quero antes, quero o antes agora.
Levantei agora louco pra te ligar, nem lembrei que la' onde eu espero voce nao esta'.
Entao fecho os meus olhos e tento te sentir e te alcancar, onde quer que voce esteja. Sei onde esta’ o teu corpo, chego perto e tenho medo de tocar, nao sei o quanto doi ou se te trago pra uma realidade que voce nao suporta; talvez seja melhor o teu sonho...
dai falo palavras suaves em teu ouvido pra nao te acordar, pra elas se misturarem na tua nova realidade e eu fazer parte dela, mesmo que eu nao esteja la' e o som da minha voz se torne algo mais, mesmo que nao lembre de mim quando acordar...

3 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente não podemos colocar o presente no passado... Só podemos esperar que tudo não passe de um sonho no final do dia...

Euzer Lopes disse...

Caramba, meu... Que coisa mais maluca essa...
Esse desejo de "não atrapalhar o sono" simplesmente para que não temamos o que acontecerá no dia seguinte é uma sensação existente, real, mas que nem sempre conseguimos colocar em palavras. Se eu compreendi bem o teor do seu texto, você conseguiu fazer o que meus medos nunca deixaram eu fazer: colocar em palavras medos que sinto (tanto de um lado quanto do outro).
Se foi isso, parabéns!

Enéas disse...

Oi, tudo em paz?
É a primeira vez que visito teu blog, cheguei até aqui através de um amigo em comum no Orkut.
Gostei bastante de tudo que li.
O teu olhar do mundo me atraiu. Vou voltar! Rsrs
Fique bem!
Abraço.